sábado, agosto 27, 2011

VIDA DE KÉRR

O homem tinha muita fome
(Kelioma tava k berr'guinha te lem'nha de fome) 


e já na proximidade da casa que ia visitar 
(e ja te t'xga perte de casa kel tava te bé v'zita)

Sentiu aquele cheiro agradável de comida fumegante, 
(El sinti kel txer intentod de k'mestive, k'mida d'onje)

uma mistura de carne de porco assada com mandioca fervida. 
(Kerre de txuke ossode, tronçode e melod ne Mendioca firvid)

O homem salivava que nem o cão de Pavlov. 
(El f'ka te lembé k fcin k nen Loky de Nhe Lionde, salvo seja!)

As tripas batiam palmas
(Sis tripa tava te kunk'li e espanca ne kumpenher)

e trovoadas de Santa Barbara caiam do estômago para o baixo ventre. 
(e 'truvon d'ejeseca' tava te reveltiel bondoga)

Contorcia-se de fome 
(el tava te dobrega de dublidéde)

enquanto decorriam os cumprimentos e a falatória longa, típica de Santo Antão, 
(inkuente el tava te salva e te l'nhava boca ne conversa ne moda de sentonton)

com muito 'português' no meio...
(pertugues intxóde incluíde)

finalmente a mesa posta 
(ate k'infim 'póste' né mesa)

e o homem cai de corpo e alma sobre a gamela...
(djóvrói vra boca ne kel guémela...)

depois de um bom repasto, 
(depoj de intxi bondoga de kmida)

respira fundo, suspira, prepara-se para continuar o comensal e atira esta frase:
(el impni folgue, f'ze perprétive pe kuntinua es estrógue de kmida, inspirode el remessá ess frase...)

"KÉRR É TUD NÉ VIDA!!!"

Via nhemig OLAVO ... Um kmida! Obrigado jovem...

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